Na semana passada partcipei de um Minicurso de Introdução à Investigação de Surtos, ministrado por um Epidemiologista da SVS/MS, no 1º Encontro de Saúde Pública Veterinária da Bahia (07/08-05-2009), onde um dos assuntos comentados foi sobre a transmissão da Doença de Chagas por via oral (doença aguda), e não pela via clássica q é através da picada do inseto (vetor q abriga o protozoário Trypanossoma cruzi no seu intestino, que ao se alimentar defeca no local, o que provoca uma coceira imediata, podendo estas fezes atingir a circulação e causar a Doença de Chagas.
Como é o destino,srrs... qdo abro minha cx mensagens me deparo com um e-mail q me mandaram com o propósito de verificar a autenticidade dos fatos... de cara a foto do inseto na fase de NINFA, mas parace qlq outra coisa, q não o popularmente BARBEIRO; a maneira como é redigido tb é literalmente "o fim da picada", ou seja, este e-mail que segue abaixo, nada mais é do que uma forma de "terrorismo virtual" muito utilizado por pessoas desocupadas e amantes de sensacionalismo medíocre.
Deixo para vcs tb, o esclarecimento público extraído do site da FIOCRUZ e outro, do Pesquisador que aparece nas fotos.
Vamos continuar atentos, investigadores e críticos qto ao que recebemos e repassamos pelo mundo virtual, ou não.
Esclarecimento Público fonte:http://www.fiocruz.br/pidc/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?tpl=home
Temos recebido vários e-mails contendo este alerta “Perigo no prato dos Brasileiros!!!!”.
Informamos que se trata de um equívoco, pois em primeiro lugar o inseto que consta na foto enviada na mensagem não se trata de uma ninfa de barbeiro e sim de um coleóptero, frequentemente encontrado em grãos armazenados.
Os barbeiros são hematófagos, alimentando-se do sangue de vários animais, inclusive o homem, e o fazem em todas as fases de desenvolvimento ou seja tanto os adultos (machos e fêmeas) quanto as ninfas.
A transmissão do parasito causador da doença de Chagas através de alimentos pode ocorrer. Entretanto, se dá quando estes alimentos são triturados em conjunto com barbeiros infectados ou mesmo quando estes alimentos estiveram em contato com a urina de gambás. Neste caso, como ocorreu, por exemplo, com o caldo de cana no sul e no nordeste, e com o açaí no norte do país, as formas do parasito são ingeridas juntamente com o alimento e a transmissão se dá pelo acesso que o parasito (Trypanosoma cruzi) tem por estar em contato com a mucosa bucal. Observem que nestes casos, o parasito está vivo, pois nem o suco nem o caldo de cana, passaram por qualquer processo seja de fervura ou de congelamento, pois o parasito não suportaria nem a alta nem a extremamente baixa temperatura.
Sendo assim, supondo que o feijão estivesse contaminado, o que não é verdade, mesmo assim os parasitos não sobreviveriam ao cozimento.
NOTA DE ESCLARECIMENTO – FEIJÃO E DOENÇA DE CHAGAS
28 de abril de 2009 – 16:48
Está circulando um e-mail com a falsa informação sobre doença de Chagas veiculada pelo feijão. O pesquisador Franz Salces Ruiz, da empresa Green Technologies – INCAMP/UNICAMP, que aparece na foto do e-mail como suposto pesquisador da - também - falsa Universidade (UNIUPS-GO) que estaria pesquisando a doença, nos enviou seu esclarecimento.
“Lamento muito que algumas pessoas, talvez querendo ajudar, divulguem este tipo de informação que não procede. Além de utilizar imagens não autorizadas, estão causando pânico na população [...] Os resultados, além de não terem fundamento científico nenhum, devem prejudicar consumidores e produtores deste importante alimento do cardápio diário da população brasileira [...] Esse tipo de “denúncia” está sendo propalada de forma não ética e totalmente irresponsável. Barbeiro não se alimenta de grãos secos, como sugere uma das fotos. Os furos nos grão são típicos de larva de caruncho. O “inseto” (pode não ser inseto) ao que parece, pode ser mais um carrapato do que um barbeiro (vejam e comparem as fotos que se encontram na Google). Por fim, se for barbeiros que (durante o dia) se refugiaram em lotes de feijão, e tiverem deixado fezes contaminadas com o tripanosoma, a cocção (especialmente em panela de pressão) não deixaria o microflagelado vivo ou ativo. Para garantir a inocuidade do produto in natura, adquirido por acaso de um lote contaminado (com o barbeiro, fezes do barbeiro e outras sujeiras), vale a regra comum de lavar os grãos antes de levar para a panela, prática semelhante à que deve ser aplicada ao se preparar arroz, lentilha, ou qualquer outro grão in natura. É “denúncia” para alguém se divertir às custas de pessoas incautas. Favor desfazer o que possa ter sido feito com essa mensagem.”
O falso e-mail abaixo:
Tôdo (qdo é que todo teve acento ????, com a nova reforma ortográfica , kkkkk, além de td é burro) cuidado é necessário.
MATERIA DIVULGADA EM VÁRIOS SITES DE AGRICULTURA, PORÉM FOI MISTERIOSAMENTE TIRADA DO AR.
LEIA, POIS É MUITO PERIGOSO.
Confirmado na última semana o 83º caso de Chagas contraído a partir do Feijão servido nas refeições dos brasileiros.
Pelo que foi divulgado pela mídia especializada na última quarta-feira toda a colheita entregue por uma cooperativa de plantadores de feijão (COOVENF) está contaminada com o protozoário da doença de Chagas (tripanosoma cruzi), oriunda do Barbeiro.
A doença se alastrou com rapidez, pois a cooperativa atende a mais de 18 empresas que embalam o Feijão e destribuiem para todo Norte, Centro Oeste e Sudeste do Brasil.
foto: inseto em forma de ninfa no lote de feijão.
O que é mais alarmante é que foi constatado que os lotes não foram tirados de circulação, fazendo com que o número de infectados aumente a cada semana.
foto: feijão contaminado
É Sabido que já se contrairam CHAGAS a partir dos tipos carioquinha, jalo e preto, porém, especialistas da UNIUPS-GO - Universidade Ubirajara Pereira de Souza de Goiás estão analisando se os tipos mulatinho, roxinho e branco também estão contaminados, uma vez que todos são originários da mesma Cooperativa.
A Maioria dos doentes estão no sul do estado de Goiás, São Paulo e Minas, porém sabe-se que há casos no Acre, Tocantins, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.
foto: profissional sa UNIUPS examina várias embalagens de feijão contaminada
Infectologistas estão recomendando que se troque temporariamente o feijão por Canjica ou Grão de Bico (imunes ao Chagas) porém, se for indispensável o uso do grão do feijão nas refeições, aconselham que use 4 gotas de dendê ou 2 de vinagre de maçã no feijão que fica de molho pós lavagem.